Lei Parentalidade Positiva: o que é e quais as práticas?

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A parentalidade positiva é uma abordagem baseada na ideia de criar crianças em um ambiente de respeito, empatia e apoio mútuo

Neste artigo você vai ver:

  • O que é a Lei de parentalidade positiva?

  • O que são práticas parentais positivas?

  • Como trabalhar a parentalidade positiva?

  • Quais são os tipos de parentalidade?

  • Quais são os principais problemas da parentalidade positiva?

As práticas deste princípio enfatizam a importância de estabelecer uma comunicação aberta, construir um relacionamento saudável entre pais e filhos, e educar as crianças de maneira que elas se tornem adultos responsáveis.

Continue a leitura para saber mais detalhes!

O que é a Lei de parentalidade positiva?



Aprovada em 21 de março, a Lei nº 14.826/2024 define a parentalidade positiva como a prática parental na família que considera uma educação fundamentada no respeito, acolhimento e na ausência de violência. 


Além disso, determina que crianças e adolescentes têm o direito de brincar sem sofrer intimidação ou preconceito, de interagir com a natureza, de viver em seus territórios de origem e de receber estímulos parentais lúdicos que promovam seu desenvolvimento. 


Dessa forma, é responsabilidade da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios desenvolverem, no âmbito das políticas de assistência social, educação, cultura, saúde e segurança pública, iniciativas que fortaleçam a parentalidade positiva e promovam o direito de brincar.

O que são práticas parentais positivas?

A parentalidade positiva apresenta alguns princípios que são essenciais para que as famílias coloquem em prática essa abordagem. São elas:

  1. Respeito mútuo: A base da parentalidade positiva é o respeito mútuo entre pais e filhos. Isso significa tratar as crianças com dignidade e entender suas perspectivas e sentimentos.

  2. Comunicação Aberta: Encorajar a expressão aberta de pensamentos e sentimentos sem julgamento. A escuta ativa e a validação das emoções das crianças são essenciais.

  3. Disciplina Positiva: Foca em ensinar em vez de punir. Por exemplo: estabelecer limites claros e consistentes e explicar as consequências das ações de maneira compreensiva.

  4. Reforço Positivo: Destacar e recompensar o bom comportamento em vez de apenas focar no comportamento negativo. Dessa forma, gera-se mais  autoestima e autoconfiança nos pequenos.

  5. Apoio Emocional: Oferecer apoio emocional constante para que as crianças saibam que podem contar com seus pais em qualquer situação.

A Lei de Parentalidade Positiva visa garantir que esses princípios sejam adotados e respeitados pelas famílias, promovendo um ambiente mais saudável e equilibrado para o desenvolvimento infantil.

Como trabalhar a parentalidade positiva?

Implementar a parentalidade positiva na vida diária pode ser desafiador, mas é uma jornada gratificante. Aqui estão algumas maneiras de aplicar práticas parentais positivas:

Práticas Diárias

  • Modelar Comportamento: Crianças aprendem observando. Mostrar respeito, paciência e empatia em suas próprias ações ensina os pequenos a adotarem esses comportamentos.

  • Estabelecer Rotinas: Ao criar rotina na vida das crianças elas podem se sentir seguras e entenderem o que é esperado delas. Assim, a Lei de Parentalidade Positiva encoraja a criação de ambientes estruturados que promovem o bem-estar.

  • Incentivar a Autonomia: Permitir que seu filho tome pequenas decisões, como escolher sua roupa ou decidir uma atividade, ajuda a construir confiança e responsabilidade.

  • Resolver Conflitos Pacientemente: Em vez de recorrer à punição, use conflitos como oportunidades para ensinar habilidades de resolução de problemas.

Participação Ativa

  • Envolvimento na Educação: Participar ativamente na educação dos filhos, ajudando com tarefas escolares e promovendo o aprendizado em casa.

  • Tempo de Qualidade: Passar tempo de qualidade com as crianças, seja brincando, lendo ou apenas conversando, fortalece o vínculo e a confiança mútua.

  • Educação Emocional: Ensinar as crianças a reconhecer e lidar com suas emoções de maneira saudável. Isso pode incluir práticas como meditação e técnicas de respiração.

Aplicar essas estratégias pode ajudar a implementar a parentalidade positiva de maneira eficaz, conforme recomendado pela Lei de Parentalidade Positiva.

Quais são os tipos de parentalidade?


A parentalidade pode ser categorizada em vários estilos, cada um com características e efeitos distintos sobre o desenvolvimento infantil. A seguir listamos alguns tipos:

  1. Parentalidade Autoritária: Envolve regras rígidas e expectativas elevadas, com pouca flexibilidade. A disciplina é severa e a comunicação tende a ser unilateral.

  2. Parentalidade Permissiva: Os pais são indulgentes e estabelecem poucos limites. As crianças têm muita liberdade, mas podem carecer de orientação e disciplina.

  3. Parentalidade Negligente: Caracterizada pela falta de envolvimento e atenção às necessidades das crianças. Pode resultar em sentimentos de insegurança e baixa autoestima nas crianças.

  4. Parentalidade Autoritativa (Positiva): Combina limites claros com comunicação aberta e apoio emocional. Este estilo é considerado o mais equilibrado e é promovido pela Lei de Parentalidade Positiva.

O estilo de parentalidade adotado pelos pais pode ter um impacto significativo no comportamento e no desenvolvimento das crianças. A Lei de Parentalidade Positiva incentiva o estilo autoritativo, que é associado a melhores resultados emocionais e sociais para as crianças.

Quais são os principais problemas da parentalidade positiva? 

Embora a parentalidade positiva ofereça muitos benefícios, há desafios e mal-entendidos que podem surgir na prática:

  • Falta de Consistência: Ser consistente com as práticas parentais positivas pode ser difícil, especialmente em momentos de estresse. A falta de consistência pode confundir as crianças e enfraquecer os limites estabelecidos.

  • Equilibrar Liberdade e Limites: Encontrar o equilíbrio entre dar liberdade às crianças e impor limites pode ser complicado. É importante que os pais encontrem um meio-termo onde as crianças sintam liberdade, mas com orientações claras.

  • Resistência Inicial: Crianças podem resistir inicialmente às mudanças na abordagem parental, especialmente se estiverem acostumadas a estilos diferentes. A adaptação pode levar tempo e paciência.

  • Mal-entendido sobre Disciplina: Alguns podem interpretar a parentalidade positiva como ausência de disciplina. Na realidade, trata-se de ensinar habilidades de forma construtiva em vez de punir.

Implementar a Lei de Parentalidade Positiva pode exigir esforço e dedicação, mas os benefícios a longo prazo para o bem-estar das crianças e a relação familiar são imensuráveis. 

Encorajar práticas parentais positivas é investir no futuro das crianças, criando adultos mais felizes e equilibrados.

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